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Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

Opinião: Gestão por políticos

Alcobaça na rota da decadência
 
A decadência é o caminho em que Alcobaça mergulhou e de onde dificilmente sairá. Já foi sede da ordem de Cister em Portugal, já foi um concelho com grande importância no distrito de Leiria. Mas tudo isso já foi, é passado. A importância perdida muito dificilmente voltará. Para avaliar isto basta comparar o comércio de Alcobaça com o de Caldas da Rainha ou Leiria; basta ver a quantidade de empresas de prestígio existentes nos vários concelhos e comparar.
Henry Mintzeberg, professor na Universidade canadiana de McGill, num artigo intitulado “The Manager’s Job: Folclore and facts publicado na revista “Havard Busines Rewiew” afirmava “nenhuma tarefa é mais importante para a nossa sociedade do que a do gestor; é o gestor que determina se as nossas instituições nos prestam um bom serviço ou se desperdiçam os nossos talentos e recursos”.
Os presidentes de câmara e vereadores não são formados em gestão, mas são efectivamente gestores que gerem as grandes empresas que são as câmaras, e gerem o território onde se desenvolvem ou podem desenvolver grandes empresas. Mas se os autarcas não têm que ser gestores, como lideres políticos deveriam saber rodear-se de bons assessores capazes de os ajudar na tomada de boas decisões. Contudo preferem rodear-se de figurantes que o único valor que têm é o cartão de militantes.
Deveriam os nossos gestores políticos ter uma visão estratégica capaz de projectar Alcobaça em novos caminhos, em vez de se ficarem pela mera gestão de navegação à vista que se fica pelo curto prazo. Seria preciso que os políticos, elevados ao papel de gestores, soubessem substituir a democracia representativa por uma democracia participativa em que soubessem envolver o povo no desenvolvimento local. Não o fazem por medo, pois poderiam ter que enfrentar pessoas com mais capacidades.
A falência e o descalabro seria o que poderia acontecer a uma empresa que fosse gerida pelos autarcas que gerem o nosso concelho. Felizmente não gerem empresas, mas, infelizmente gerem a grande empresa que é o município e nós temos que pagar com o dinheiro público os desastres da sua gestão.
 
Decidir é envolver e escolher
Sabem os gestores, e deveriam saber os políticos, que a tomada de decisões é um ponto chave na sua actividade. E, muitas vezes, as decisões tomadas não são as mais acertadas porque não foram previamente analisadas todas as alternativas possíveis.
Tomar decisões é sempre envolver e escolher entre soluções alternativas. Nas eleições o voto é democrático porque nos permite optar entre várias alternativas.
Claro que há decisões que são repetitivas e de mera rotina. Será o caso de licenciar a construção de uma casa ou de um prédio. Obedece a critérios e leis e é autorizada, caso contrario não será autorizada. Mas há decisões que estão longe de ser de rotina, implicam o futuro, exigem capacidade de decisão, inovação, visão e risco. Será o caso de duas ou três situações a que a actual Câmara se lançou, nomeadamente a modificação do largo do mosteiro de Alcobaça, é o caso da modificação da zona histórica de S. Martinho do Porto e será o caso da área de acolhimento empresarial da Benedita. São situações onde faltou capacidade de decisão, inovação, visão mas abundou o risco.
No caso das obras de modificação do largo do mosteiro de Alcobaça e da modificação da zona histórica de S. Martinho do Porto, em ambos os casos a decisão foi escolher entre um único projecto de um único arquitecto. Logo só poderá ser uma decisão limitada e limitadora. Resta-nos o frustrante consolo de ter isto ou que estava. Faltam-nos horizontes e capacidade de saber decidir. A decadência e a mediania é o nosso caminho e o nosso futuro.
publicado por Joaquim Marques às 12:17

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3 comentários:
De António Delgado a 29 de Agosto de 2007 às 20:15
"Logo só poderá ser uma decisão limitada e limitadora. Resta-nos o frustrante consolo de ter isto ou que estava. Faltam-nos horizontes e capacidade de saber decidir. A decadência e a mediania é o nosso caminho e o nosso futuro".



Caro Joaquim é bastante interessante o artigo que editas e tocas em pontos essenciais da nossa politica: a militância, a falta de assessores capazes, o problema dos mais competentes etc. Mas sobre a ultima parte do teu artigo o problema não está tanto em ser o antes e o que está. O problema esta em dinheiros que se tem de gastar, conforme um iluminado veio dizer numa conferencia em Alcobaça" que o município ainda se podia candidatar a não sei quantos milhões ". Ora estes vendedores que vem oferecer dinheiro assim sem mais, são clientes de outros vendedores que nada sabem ou nada tem na cabeça, senão fazer o que não devem e aquilo que está à vista, no concelho, com todas as consequências presentes e futuras. É esta irresponsabilidade na distribuição de dinheiros de forma larvar, ao que parece e sem controlo, onde ninguém é chamado à responsabilidade para dar o espectáculo que se tem dado. Este é que é o grande problema de Alcobaça e do pais...gastar sem rei nem roque e sem se saber em que e porquê?.
termino com esta citação do Hernâni Lopes entre muitas outras que podia escolher " ...nem Alcobaça pode aspirar a conseguir alterar o seu perfil demográfico desfavorável (população envelhecida e sem qualificação) de modo a vir a ter um papel protagonista no processo de formação da necessária plataforma metropolitana"...HL falava sobre uma área urbana. Esta citação retrata bem o concelho para não falar em quem o dirige...resta pois o S. Bernardo com estendais de todo o tipo de cuecas ao gosto pimba de quem governa na actualidade a câmara...viva o turismo de garrafão e a a maravilha onde nem urinar se pode . Por agora fico por aqui ...bom trabalho e um abraço: obrigado pela visita!

Antonio Delgado
(Ph. D.)
Universidade da Beira Interior
De Joaquim Marques a 29 de Agosto de 2007 às 20:25
António Delgado

Obrigado pelo teu comentário, e pela tua opinião aqui expressa.Ápesar do limitado "auditório" deste meu blog, considero que mesmo assim estão são opiniões que devem ser tornadas públicas.

Claro que o modo como os dinheiros públicos são gastos é um problema na nossa opinião, mas é uma satisfação para esses vendedores de dinheiros, que actuam de forma irresponsável na cena politica, num país que gasta sem rei nem roque como dizes. Concordo com tudo o que escreves.

Bem a citação do Hernani Lopes cai neste panorama como uma maravilha. O teu comentário enriqueceu imenso o meu artigo. Obrigado.

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