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Domingo, 23 de Setembro de 2007

Reflexões Políticas VII

O preço da liberdade
 
Quero concluir esta onda de reflexões políticas, de cariz partidário, dizendo que finalmente se realizou uma Assembleia de Militantes dos Socialistas da Concelhia de Alcobaça. Não ousarei comentar o que lá se passou, mas sempre quero deixar um recado e um obrigado ao militante do PSD que levou cópias destas minhas reflexões para os dirigentes da minha Secção. Obrigado pela ajuda.
 
Bem quanto a reflexão fiquei com a mesma sensação de ter tomado o pequeno almoço, almoço e jantar tudo na mesma refeição É uma sensação esquisita, pois acho muito mais saudável ir tomando cada uma das refeições na hora certa, e com os necessários intervalos, para não ficar indisposto.
 
Gostaria ainda de recordar aquela anedota de um tal jovem que entendeu que deveria ser monge, e foi para um convento muito austero, onde o silêncio apenas poderia ser quebrado se 4 em 4 anos. E de cada vez que falasse estava obrigado a ser muito sucinto e concreto, pois apenas podia dizer duas palavras.
Ora o bom monge ao fim de 4 austeros anos, pode falar e disse ao seu superior as duas palavras que lhe eram permitidas “Cama ruim”. Quatro anos mais tarde voltou ao parlatório e pode dizer mais duas palavras “Comida má”. E quatro anos depois, ou seja passados 12 anos, voltou junto do seu superior e pronunciou mais duas palavras “vou-me embora”, ao que o Superior respondeu “não admira, você desde que aqui chegou não parou de refilar”.
Para bom entendedor meia palavra basta ….
 
 
Frontalidade
É caro o preço que se paga para se ser livre. Sempre gostei de pensar pela minha cabeça e de ter as minhas opiniões. Naturalmente não sou o centro do mundo e este não gira à minha volta (felizmente, senão girava muito pouco) e naturalmente nem sempre tenho razão. Mas, como só os burros não mudam, quando vejo que não tenho razão facilmente mudo pois só assim se pode evoluir.
Certo é que sempre dei a cara pelas minhas ideias e opiniões e sempre me recusei a esconder-me sob a capa do anonimato, por isso sinto e sei o quanto custa e o preço que se paga para exprimir publicamente aquilo que se pensa, sobretudo quando isso não está em sintonia com a ortodoxia ou com o politicamente correcto.
Se disser isto acontece aquilo, logo para atingir algo devo dizer uma coisa bem diferente daquilo que penso. Sempre me recusei a enveredar por este caminho do politicamente correcto e sempre preferi ser politicamente verdadeiro, mas esta opção de ser livre, tem naturalmente o seu preço, bem caro por sinal.
A sociedade civil é frágil e dependente dos poderes instituídos seja eles o Estado, a câmara, a junta de freguesia, a religião, o partido, o patrão, ou outros poderes sejam eles quais forem que deixam o espírito de liberdade sistematicamente condicionado por um calculismo permanente. Essa não será seguramente a minha postura. Digo o que penso com verdade e frontalidade, naturalmente com respeito. Não seria capaz de viver isolado da sociedade, e sei que tenho que viver e conviver respeitando os outros, as suas opiniões e a sua forma de estar. Os outros terão o dever de me respeitar. Nem sempre é isso que acontece. Quando não se segue no caminho do rebanho e não se anda à voz do pastor geralmente pagamos a factura. Não sei por onde vou, mas sei que por esse caminho não vou, por isso convicto de que quero ser livre, vou continuar a querer pensar pela minha cabeça, a ter as minhas opiniões, a ser frontal e directo custe o que custar. Mas, todos os que ousam trilhar este caminho, geralmente acabam arredados e afastados. Prefiro continuar assim, mas não me peçam para ser hipócrita e cobarde.
publicado por Joaquim Marques às 18:09

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