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Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

Reflexões Políticas II

O descalabro do PS/Alcobaça
 
O descalabro do PS já terminou” é uma afirmação do Presidente da Comissão Politica Concelhia do PS/Alcobaça, em declarações ao jornal “Região de Cister”, onde responde às críticas do arquitecto Leonel Fadigas. Assegura ainda, “só poderemos estar confiantes, porque estamos a desenvolver um bom trabalho”. É uma postura esquisita para estar na política em que as pessoas se julgam a si próprias, e logo para auto elogiar o trabalho próprio. Seria muito mais sensato deixar que os outros classificassem o trabalho que está a ser desenvolvido e seria de todo útil ouvir os militantes.
Então chama-se bom trabalho a um partido que não reúne a Assembleia de Militantes desde Junho de 2004, quando isso estatutariamente deveria ocorrer de seis em seis meses. Para alcançar votos seria necessário que as estruturas partidárias se aproximassem dos militantes e criassem laços de união e empatia. É ignorando os militantes que se pode dizer que se está a fazer um bom trabalho. Acho criticável esta forma de estar na política. Mas, os resultados estão bem à vista.
A última vez que os militantes foram chamados a envolverem-se em algo da vida interna do Partido foi em Maio de 2006 pediu-se aos militantes que fossem eleger uma nova Comissão Politica. Os militantes só servem para eleger estas elites, para pagar quotas e depois são ignorados.
E a propósito, foi eleito um presidente da Mesa da Assembleia de Militantes. Ao que consta parece que se demitiu antes de marcar qualquer reunião. Será verdade????
 
Militante … sem militância
Pessoalmente, entendi inscrever-mo no partido político que melhor poderia enquadrar a minha forma de ver a sociedade: o Partido Socialista. Julgo-me uma pessoa minimamente esclarecida e antes de aderir à condição de militante li e reli os Estatutos e a Declaração de Princípios do Partido e sem dúvida que me continuo a rever nesses documentos que devem (ou deviam) orientar a vida do partido.
Tinha plena consciência de que não são as minhas ideias pessoais que devem moldar o partido a que livremente e por iniciativa própria aderi. Sabia que as minhas ideias pessoais teriam que se enquadrar na filosofia do partido que me acolheu. Não tenho dúvidas de que sou um socialista convicto. Mas, lamento, não me rever nem me identificar com a acção do partido a nível local. Não encontrei motivos para discordar dos princípios orientadores do Partido, mas entendo que por cá não se seguem os Princípios basilares do PS.
Ser militante, quanto a mim, significa “participar activamente” numa causa ou projecto. E o partido a que aderi não tem nada em que eu, ou qualquer militante de base possa participar activamente. Sou militante desde 2004 e, ao longo destes dois anos de militância, quase nada foi feito. A participação activa que qualquer militante deveria ter foi-me negada pelo partido.
 
 
Atitudes políticas
A cidadania empenhada pode expressar-se ou manifestar-se de diversos modos ou através de diversos envolvimentos, desde o associativismo cultural ou desportivo, nos movimentos sociais ou sindicais, na acção politica entre muitas outras possibilidades. A acção politica é uma expressão de cidadania. Na sociedade podemos identificar vários tipos de comportamento político.
Abstencionistas. Temos aqueles que se desligaram de toda a vida politica e são abstencionistas, não votam e não participam em nada que tenha a ver com a política. Uns alhearam-se da política por falta de capacidade e de interesse cultural pela gestão das coisas públicas, alguns poucos fazem-no por opção de quem se quer demarcar da podridão da política. Destes exemplos partidários é isto que se pode esperar.
Apartidários. Muitos são os cidadãos que não se envolvem em actividades públicas nem politicas, não militam em nenhum partido, têm as suas opiniões, mas quando vão votar, vão mudando o seu sentido de voto consoante as circunstâncias, contribuindo para a alternância escolhendo aquela que julgam a melhor solução para a altura e penalizando quem não correspondeu às expectativas.
Activistas. Teremos depois um terceiro patamar que poderemos considerar como activistas. São à partida cidadãos convictos das suas ideias, interessados pelas causas públicas, interessados pelas questões politicas e por isso envolvem em actividades partidárias ou noutros movimentos sociais.
 
 
Activistas inactivos
Teremos que enquadrar os militantes dos partidos no grupo dos activistas. Mas torna-se difícil de compreender um partido cujos militantes estão inactivos ou foram votados à inactividade.
Numa breve consulta aos Estatutos, pode ler-se no artigo 14º referente aos “direitos”, que os militantes têm direito de “participar nas actividades do partido”(alínea a) do nº 1 do Artigo14º). Como se pode participar se o partido nada faz, nada promove?
Participar na vida política do Partido foi um direito fundamental que nos foi garantido pelos estatutos, mas que as estruturas locais nos negaram. Logo consideramos que fomos privados de um direito fundamental, e só poderemos responsabilizar as estruturas locais, ou seja a Comissão Politica Concelhia, e os seus dirigentes.
A reflexão e a acção política implicam trabalho e uma dinâmica de relação com outras pessoas. Ao aderir a um partido esperávamos poder debater a realidade da política local com outras pessoas, ouvir e dar opiniões, numa acção interactiva e formadora da nossa cidadania. Mas o Partido não nos proporcionou isso. Não aderi a um partido para continuar isolado.
Estamos convictos que o PS precisa de votos, mas também precisa da acção dos militantes. Contudo o PS/Alcobaça não reúne os seus militantes, não os aproxima, não faz com que se conheçam uns aos outros, não promove a sua formação política e cívica. Não prepara militantes para a acção autárquica. Grave é que o PS nem sequer reúne a Assembleia Geral das estruturas de base, que, segundo os estatutos, deve reunir ordinariamente, de seis em seis meses, sob convocatória da respectiva Mesa” (Nº 1 do Artigo 34º). Nos últimos anos nunca a Assembleia de Militantes reuniu. As últimas Assembleias ocorreram apenas num quadro de ambições por cargos e tramóias, pouco abonatório da imagem do Partido.
publicado por Joaquim Marques às 11:55

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